Trabalho da
Psicologia com o Paciente terminal
O trabalho com pacientes terminais está se configurando como uma
área em que os profissionais do hospital podem desenvolver uma atividade muito
importante, dentro de uma linha de valorização do ser humano e da pessoa que
está acometida de uma doença grave. A terminalidade relaciona-se aos momentos
finais, quando o tratamento já não implica cura e sim o alívio de sintomas e a
preservação da vida. É importante, um tratamento na esfera psicosocial, além da
área médica, num trabalho integrado. A importância do trabalho com pacientes
terminais surge de um ponto de vista sociológico, do hospital como instituição
despersonalizante que não é, por definição, estabelecido para suprir as
necessidades de pessoas cujas condições psicológicas estão além da capacidade
hospitalar de socorro; esses pacientes representam um fracasso da instituição
no seu papel de apoio à vida, não há nada nesse sistema que supra a carência do
espírito humano quando o corpo necessita de cuidados.
A equipe interdisciplinar atuante no hospital é envolvida nos esforços para se tratar com dignidade o paciente, considerando-o nos seus aspectos biológicos, sociais, psicológicos e espirituais. A interdisciplinaridade deve ir além da mera justaposição de disciplinas. Preconiza-se o diálogo permanente com outros conhecimentos.
A equipe interdisciplinar atuante no hospital é envolvida nos esforços para se tratar com dignidade o paciente, considerando-o nos seus aspectos biológicos, sociais, psicológicos e espirituais. A interdisciplinaridade deve ir além da mera justaposição de disciplinas. Preconiza-se o diálogo permanente com outros conhecimentos.
O Psicólogo juntamente com a equipe médica
em geral, atuará no processo de adoecimento que traz à vida do indivíduo
profundas mudanças ligadas tanto à sua capacidade produtiva, quanto no ambiente
familiar, trazendo não só limitações físicas, mas também sociais e psíquicas. O
Psicólogo hospitalar tem um papel fundamental no trabalho com pacientes
terminais, pois além dar o suporte ao indivíduo no contexto de crise em que se
encontra, devido a essa "parada" do seu ritmo cotidiano, também
abrange na sua atuação, a função de esclarecer, orientar o paciente e seus
familiares, sobre as conseqüências geradas pelo adoecimento e proporcionar a
estes, uma reorganização e a readaptação ao seu meio psicosocial, sendo
importante entender que este paciente irá vivenciar sua doença de forma única,
individual. É importante assinalar que o processo psicoterápico com pacientes
terminais não tem como meta à cura de processos somáticos e não entra no lugar
dos tratamentos médicos. Também não tem como objetivo acalmar ou
"amansar" o paciente, para que ele se torne mais dócil, não atrapalhe
o médico com suas exigências, sendo este um pedido freqüente aos psicólogos
hospitalares. Sendo assim, o psicólogo não deve entrar no vácuo deixado pelo
médico, ou seja, substituí-lo na relação com o paciente ou servir como
intermediário dessa relação. O médico tem seu lugar legitimado no contato com o
paciente e, para não fugir ao confronto com situações que são extremamente
difíceis e que podem surgir na relação com um paciente terminal, tem por
obrigação lidar com seus próprios conteúdos internos.