domingo, 13 de outubro de 2013
terça-feira, 1 de outubro de 2013
Artrose em mãos e outras articulações
Tratamento da Artrose
O que leva um paciente com artrose a procurar um médico é a dor articular e a perda da sua função, ou seja, a limitação de seus possíveis movimentos.
Como na maioria dos casos a doença é uma parte do processo de envelhecimento, o melhor tratamento é o Preventivo.
Para determinarmos o melhor tratamento para este doente, é necessária uma avaliação especializada, que analise dois fatores:
Articular- uma ou mais articulações envolvidas, estruturas ao redor comprometidas, grau de lesão na articulação, instabilidade, inflamação, restrição ao movimento e incapacidade.
Individual- grau e impacto da dor, aspectos afetivos, nível de incapacidade, nível socioeconômico, qualidade de vida, expectativas e conhecimento da doença.
Os principais objetivos do tratamento da artrose são:
Educação do paciente,
Controle da dor,
Melhora da função,
Melhora da qualidade de vida,
Prevenção da progressão da doença.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
ORAIS:
1. Analgésicos comuns- Muito utilizados, eles têm a vantagem de serem baratos, eficazes e com o mínimo de efeitos colaterais. É a primeira escolha na dor leve a moderada. Exemplos- Paracetamol e dipirona.
2. Analgésicos potentes- Os derivados do ópio, são necessários quando a queixa é crônica (mais de 6 meses) e muito incapacitantes (quadril). São eles: tramadol, codeína, oxicodona, morfina e metadona. Nestes casos, os efeitos colaterais indesejáveis como a constipação, náuseas, vômitos, tontura, sonolência, confusão mental podem aconetecer principalmente nos idosos.
3. Antidepressivos- São utilizados em doses baixas, na artrose crônica associada com distúrbios de sono e de humor. Os mais utilizados são a amitriptilina, nortriptilina e a imipramina.
4. Antiinflamatório Não-Hormonais (AINHS) – São muito eficazes nos sintomas da artrose. Porém, o uso contínuo e sem supervisão médica, pode levar à complicações sérias como: refluxo, gastrites, úlceras no estômago ou duodeno, alterações no fígado, retenção hídrica, insuficiência renal, hipertensão arterial, alterações nos glóbulos vermelhos do sangue, entre outros. Os mais utilizados são: diclofenaco sódico, naproxeno, ibuprofeno, nimesulida, indometacina, meloxicam, etc…
5. Corticóides- Não são freqüentemente indicados nestes casos devido aos seus efeitos colaterais.
CONDROPROTEÇÃO
Tem ação lenta no controle da dor, sua ação se inicia após 4- 6 semanas de uso.
Sulfato de Glucosamina- é um aminoácido e faz parte da base proteica da cartilagem.
Sulfato de Condroitina- também é um aminoácido que faz parte da base proteica da cartilagem.
Diacereína-é um lipídio solúvel. Pouco eficaz na dor articular.
Cloroquina- atualmente é muito usada no controle da dor da artrose erosiva das mãos.
Abacate e Soja- Fitoterápico com o extrato do abacate e da soja.
Antibióticos- a doxiciclina é o mais utilizado.
A medicação mais indicada no seu caso é aquela que foi indicada pelo seu médico.
USO TÓPICO
Algumas medicações podem diminuir a dor quando aplicados no local, através de spray, cremes, gel ou patches (adesivo que grudam na pele e liberam a medicação). Os mais utilizados são os AINHS.
INFILTRAÇÃO ARTICULAR
Na dor aguda da artrose, ou seja, quando a articulação está apresentando sinais de inflamação (inchaço, vermelhidão e aumento de temperatura) pode ser necessário fazer um agulhamento com retirada do líquido associada com aplicação de corticóide. Há um grande alívio da dor, o que faz o paciente sempre querer repetir. Quando isto acontece, a repetição do procedimento pode alterar as estruturas ao redor da articulação e piorar a incapacidade e a dor em longo prazo.
Já a infiltração com ácido hialurônico tem demonstrado melhora significativa da dor e tem como alvo a suplementação da cartilagem; os casos leves e moderados são os que apresentam melhores resultados.
REABILITAÇÃO
Visa o alívio da dor, a contratura muscular, melhorar a amplitude do movimento da articulação e recuperar ou prevenir a atrofia muscular.
O Fisiatra avalia o paciente como um todo e determina qual o tratamento mais adequado para cada doente. Entre as terapias que podem ser utilizadas, temos:
1. Fisioterapia- Utiliza meios físicos para diminuição da dor com calor superficial (forno de Bier, infravermelho, parafina) ou calor profundo (ultrasson, microondas e ondas curtas) ou eletroterapia (TENS e corrente russa) ou crioterapia (uso de gelo). A fisioterapia utiliza exercícios terapêuticos chamados de cinesioterapia, para melhora do encurtamento muscular, fortalecimento e melhora da amplitude de movimentos. Com estes exercícios, pode ser feita a Reeducação Postural Global das posturas viciosas que o paciente tem. A fisioterapia estabelece treinos de equilíbrio de marcha com ou sem meios auxiliares (bengalas, muletas, andadores, etc…).
2. Terapia Ocupacional- Em casos de mãos ou outras artroses mais graves a terapia ocupacional auxilia na recuperação da função perdida.
3. Psicoterapia- Em casos crônicos em que a depressão está associada.
EDUCAÇÃO DO PACIENTE-
A educação dos pacientes e seus familiares é essencial para a volta do paciente à sua rotina.
Os pacientes com apoio familiar são mais otimistas com o resultado do tratamento.
As deformidades causadas pela artrose crônica limitam o paciente nas atividades diárias, levando a uma baixa auto-estima e mudando de atitude com o ambiente que o rodeia, dificultando assim, o convívio familiar e social.
Para haver uma melhora deste quadro depressivo, o Fisiatra orienta o paciente sobre o que é a doença, quais os principais medicamentos que podem ser utilizados e quais as melhores terapias e exercícios para cada caso específico.
ACUPUNTURA
Tem efeitos benéficos na analgesia e até na movimentação da articulação.
CIRURGIAS
Há vários tipos de cirurgias para o tratamento da dor na artrose, mas a que vai trazer maior benefício para o paciente é a artroplastia total da articulação.
As indicações de cirurgias são para pacientes com as seguintes características:
1. Dor persistente e intensa mesmo com o tratamento medicamentosos e de reabilitação
2. Diminuição do movimento articular.
3. Perda de função e qualidade de vida.
4. Alterações nas articulações ao redor e nas compensatórias.
Angina de Peito
Angina do peito (tipo de dor no
peito)
A angina do peito
ou angina pectoris é uma dor ou desconforto transitório localizado na
região anterior do tórax, percebido como uma sensação de pressão,
aperto ou queimação.
Causas
A angina de peito ocorre quando o
músculo cardíaco - miocárdio - não recebe uma quantidade suficiente
de sangue e oxigênio. Este processo é chamado de isquemia miocárdica ou
coronariana.
Esta deficiência de
oxigenação pode ser fruto de um aumento das suas necessidades, por
uma diminuição da oferta ou por ambos. As necessidades de oxigênio do
coração são determinadas pelo seu grau de esforço, isto é, pela frequência e
intensidade dos batimentos cardíacos.
O esforço físico e as emoções
aumentam o trabalho do coração, aumentando também a demanda de oxigênio por
parte deste orgão . As artérias coronárias que apresentam algum estreitamento,
de tal forma que o fluxo de sangue para o miocárdio não possa ser
aumentado para suprir uma maior necessidade de oxigênio, podem causar crises
de angina do peito.
A principal causa da angina do
peito é a doença arterial coronariana, ou seja, a presença de placas de
gordura (ateromas) na parede das artérias do coração. A angina do
peito pode ser decorrente de outras causas, incluindo a cardiopatia
hipertensiva (doença cardíaca causada pela hipertensão arterial) e as doenças
das válvulas cardíacas, especialmente o
estreitamento da válvula aórtica (estenose aórtica).
As doenças do músculo cardíaco ou
miocardiopatias (tipos dilatada e hipertrófica) são outras causas de angina do
peito. Estas doenças caracterizam-se por uma dilatação e espessamento anormal
do miocárdio, respectivamente, acarretando um aumentando das necessidades de
oxigênio por parte deste músculo.
O espasmo arterial coronariano
(contração súbita e transitória da camada muscular da artéria coronária), a
tortuosidade coronariana (artérias coronárias tortas) e a ponte intramiocárdica
(trajeto anormal da artéria coronária por dentro do músculo cardíaco,
causando-lhe um estreitamento durante a contração cardíaca), também são
outras causas possíveis de angina do peito.
Sinais e sintomas
Nem todos os indivíduos com isquemia
miocárdica apresentam angina do peito. Este processo é chamado de
isquemia miocárdica silenciosa. Os pacientes costumam perceber as crises
de angina do peito como uma sensação de pressão, aperto ou queimação na
região central do tórax.A dor também pode atingir os ombros ou irradiar-se pela
face interna dos membros superiores, costas, pescoço , maxilar ou região
superior do abdomen.
Muitos indivíduos descrevem a
sensação mais como um desconforto ou uma pressão do que uma dor propriamente
dita.Tipicamente, a angina do peito é desencadeada pela atividade física, dura
alguns poucos minutos - 3 a 15 minutos - e desaparece com o repouso ou uso de
nitratos (vasodilatadores coronarianos).
A dor da angina do peito não costuma
piorar com a respiração ou movimentação do tórax. O estresse emocional também
pode desencadear ou piorar as crises de angina do peito.
Formas de apresentação
A angina do peito poderá ser chamada
de estável, instável ou variante. A angina do peito estável é aquela que
apresenta sempre as mesmas características, ou seja, seu fator
desencadeante, intensidade e a sua duração costumam ser sempre os
mesmos.Na angina do peito instável, o desconforto passa a ter uma maior
frequência, intensidade ou duração, muitas vezes, aparecendo ao repouso.
A angina do peito instável é uma emergência médica, pois poderá evoluir
para um infarto do miocárdio (ataque cardíaco) ou até a morte.
A angina do peito instável geralmente
é fruto da ruptura ou hemorragia de uma placa de gordura ("acidente da
placa de ateroma") em uma artéria coronária, levando a formação de um
trombo que interrompe parcialmente o fluxo de sangue para uma área do
miocárdio.
A angina do peito
variante - também chamada de angina de Prinzmetal - é resultante de um espasmo
da artéria coronária. Esse tipo de angina do peito é chamada de variante por se
caracterizar pela ocorrência de dor com o indivíduo em repouso (geralmente à
noite), e não durante o esforço. Outra característica da angina variante é a
presença de alterações eletrocardiográficas típicas.
Investigação da angina do peito
A base para a investigação do sintoma
de angina do peito, bem como para estabelecer a sua causa, é o exame
clínico (anamnese e exame físico).Entre as crises de angina do peito ou
mesmo durante uma crise, o exame físico e o eletrocardiograma poderão
apresentar poucas alterações ou mesmo nenhuma.Certos exames auxiliam no
diagnóstico e na estimativa da gravidade da isquemia miocárdica, bem como a
extensão da doença arterial coronariana.
O teste de esforço ou
ergométrico - exame em que o paciente caminha sobre uma esteira enquanto
é monitorado através de um eletrocardiograma contínuo - pode ajudar no
diagnóstico, sendo geralmente o primeiro exame a ser solicitado depois do
eletrocardiograma.O estudo com substâncias radioativas (radioisótopos), chamado
de cintilografia de perfusão miocárdica, pode ser combinado com o teste
de esforço.Desta forma, a cintilografia apresenta uma maior acurácia para
detectar a presença de isquemia miocárdica. Este exame, através de imagens
tomográficas, analisa o grau de captação do radisótopo pelo músculo cardíaco.
O ecocardiograma de estresse é um
exame no qual são obtidas imagens do coração através de ondas de ultrassom. A
imagens dos ecocardiogramas são obtidas em repouso e durante o estresse com
exercício físico ou após a infusão de uma droga, chamada dobutamina. Quando
existe isquemia, o movimento de contração do músculo cardíaco é anormal.
Na depedência do quadro clínico ou do
resultado dos exames mencionados anteriormente, o médico assistente poderá
solicitar a realização de uma angiotomografia ou cateterismo cardíaco e
cineangiocoronariografia - exame contrastado das artérias coronárias. Estes
procedimentos são mais comumente utilizados para a determinação da gravidade da
doença arterial coronariana, avaliando a necessidade ou não de algum
procedimento para melhorar o fluxo sanguíneo, ou seja, uma angioplastia
coronariana ou cirurgia de ponte de safena (revascularização
miocárdica).
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